sábado, 30 de junho de 2012

Quanto mais eu vejo menos eu sei!


 Movimentos sociais marcaram a década de 80, mesmo oprimido por uma ditadura que torturava e matava, o povo foi às ruas exigindo eleições diretas, pedindo a reforma agrária, garantias trabalhistas, e conquistaram grande marcos na história do País.  Seja na musica ou nas greves e passeatas as pessoas mostravam o que queriam, naquela época eles tinham a esperança de que o que estavam fazendo naquele momento seria para o bem das futuras gerações.
O que se pode ver, é que hoje em dia uma das lutas mais importante dos jovens é saber qual roupa irá usar na escola no dia seguinte, as pessoas estão cada vez mais alienadas e egoístas, a futilidade é motivo de adoração.
A música que nos anos de ditadura foi tão marcante para muitos, hoje já não marca tanto, a menos que tchu tcha subliminarmente esteja fazendo protestos contra a atual situação política do país. Um país que cantava que “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanha”, hoje canta “Ai se eu te pego”. É notável que hoje em dia para uma música cair nas graças do publico e ser um sucesso não precisa de mais do que duas palavras, basta ter um ritmozinho e um pouco, às vezes até demais, de sexismo e logo terá milhões de seguidores.
            E os movimentos sociais que tomavam as ruas dos anos 80 hoje são feitos pelo twitter, alguns creem que seus tweets salvaram o mundo.
E a mídia também entra nessa alienação toda. Pois não seria ela ajudante na difusão de toda a futilidade que estamos cultivando? Os jornais dão poucos minutos para reportagens sobre as greves que tomam conta do país, e um bloco inteiro dedicado a certos jogadores de futebol.  Há quem dizem que as pessoas não querem ver a “verdade” na TV e sim o que elas gostariam que fosse verdade.
Assim ficam apenas as perguntas.  Será que todos aqueles que participaram dos movimentos sociais em busca de melhores condições, liberdade de impressa dentre tantas outras reivindicações queriam que o futuro melhor que eles tanto sonhavam, é esse onde as pessoas preferem viver de ilusões a ver a verdade nua e crua, achando que o que está acontecendo fora da sua zona de conforto nada tem haver com elas?  Será que toda a luta e sofrimento do passado serviram apenas para na atualidade as pessoas poderem fazer um “Tchê Tchê Rere” mais “tranquilos”?  O jeito é esperar para ver até onde tudo isso irá chegar.