Um café e um livro

Cada momento, cada intervalo, cada minuto. Tudo a levava ao mesmo lugar. Um lugar onde só dependia dela para chegar, um lugar onde tudo poderia ser como ela sempre quis, um lugar onde ela poderia ser apenas ela.
Cada página uma descoberta, em cada linha uma declaração. Ela estava compulsiva, virava noites e contava as horas que faltavam para poder continuar.
Os livros sempre foram seu refúgio, por meio deles ela conseguia viver em outros mundos, mundos que a permitiam esquecer um pouco dos problemas do seu mundo real.
Ela não sabia do que gostava mais, em cada novo livro ela se apaixonava pela história, mesmo que muitas a dissessem que não era bom, ela queria ver, ou melhor ler, por si só e assim tirar as próprias conclusões.
Livros e livros, xícaras incontáveis de café, madrugadas, dias, noites. 20 min no ônibus, 5 min antes do professor chegar na sala, 24h de sábados e domingos essa era sua maior felicidade, poder perder tempo com os livros.

Conversas de bar

Trás uma garrafa de café e vamos conversar. Poderia ser cerveja, poderia ser conhaque, mas é café. 

A cerveja depois de um tempo me dá sono, o conhaque me faz falar coisas desconexas, só o café me deixa acordada, sóbria e satisfeita. 

Tenho muito o que falar e espero que você queira ouvir, se me conhece sabe que falo, falo e falo, falo tanto que me perco em minhas próprias palavras. Vamos conversar sobre tudo, os amores, desamores, encantos e desencantos que a vida nos mostra. 

Também quero ouvir, teremos muito tempo, se o café acabar podemos fazer mais.  O que importa é a companhia, as palavras, as histórias que serão contadas e ouvidas essa noite. 

Sim você pode acender seu cigarro, só peço que fique perto da janela para que a fumaça não fique por todo o cômodo. Quero que se sinta a vontade, que se sinta em casa, que se sinta feliz. 

E se não tivermos mais o que conversar podemos ficar em silêncio, pois ele assim como as palavras tem muito a dizer. 

Se a conversa ficar chata podemos mudar de assunto, talvez contar uma piada? Não, não seria uma boa sou péssima para piadas. 

No fim se não der tempo de falarmos tudo, podemos fazer isso novamente, pois dias assim devem ser frequentes.

Tô de volta

Depois de tanto tempo voltei.

Os dias estão passando tão rápido que quase não tenho tempo de pensar em nada que vá além das "obrigações" diárias, estágio, faculdade, trabalhos e agora a rádio.

Quanto menos tempo tenho, mais coisas pego pra fazer tento não deixar nada para trás, mas sempre falta tempo para algo e nos últimos meses foi para esse blog. 

Criei o blog em 2009 quando ainda estava no ensino médio, quando passei na faculdade em 2010 acabei deixando ele de lado e perdi o domínio. No fim de 2010 resolvi voltar com ele e prometi uma postagem por mês pelo menos, no começo, como tudo que tá começando, chovia de postagens.No fim de 2011 quando fiz a transferência para o jornalismo pensei que ai sim eu iria escrever muito aqui, engano meu. Os post foram ficando cada vez menos frequentes, e vez ou outra saia um textinho. 

Mas como esse é o meu refúgio para coisas escrever coisas sem sentido que um dia passam a ter, estou de volta e espero não deixa-lo tão abandonado.

Já não suporto mais esses sentimentos confusos que insistem em rondar o meu pensamento.

Já não sei o que é certo ou errado, o que é sim ou o que é não.

Só sei que dói. Sim, eu nunca admiti, mas dói. 

Dói não te ver, dói não falar com você, dói não saber o que você realmente quer.

Você me puxa como um imã e me larga com um vazio no peito. 

Como se arrancasse um pedaço de mim toda vez que nos separamos.

Às vezes penso que te esqueci, mas basta fechar os olhos para enxergar o seu rosto, 

sentir o seu cheiro, ouvir sua voz.

Tento te encontrar em outros, mas nenhum deles me completa como você.

Falar que sinto sua falta já se tornou clichê, eu já não preciso dizer, é só me olhar para saber.